Queridos leitores hoje iniciaremos a inserção de parte do curso Ministério Pastoral de nossa autoria, que visa orientar e nortear pastores, líderes, obreiros em geral no tocante à obra ministerial e seu ofício.
Assim, logo abaixo, postaremos a primeira parte do curso.
-Eu fui chamado para ser pastor? Esta é uma pergunta
que muitos se fazem hoje. O trabalho no ministério é árduo e oneroso para
alguém que o abraça sem convicção de ter sido chamado por Deus. Não é difícil
ver pessoas que iniciam e depois o largam, é realmente falta de um chamado
Divino. Somente quem realmente tem um chamado pode fazê-lo durar quando a
situação é adversa em seu ministério.
Embora o Novo Testamento enfatize a natureza
universal do ministério dentro do corpo de Cristo, indica também que alguns
crentes são separados de modo especial a funções especificas do ministério.
Freqüentes alusões são feitas a Efésios 4.11: “Ele mesmo deu uns para
apóstolos, outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para
pastores e doutores” – um a lista dos “cargos [ou melhor,
“ministérios”] carismáticos” da igreja Primitiva, conforme
ocasionalmente são chamados. Diferenciados destes há os “cargos administrativos“
(bispo, presbítero, diácono), descritos especialmente nas epistolas
posteriores do Novo Testamento. Muitas outras maneiras têm sido sugeridas para
descrever os vários cargos, ou categorias, do ministério neotestamentario. Por
exemplo: H. Orton Wiley refere-se ao “ministério extraordinário e transicional”
e ao “ministério regular e permanente”;
Louis Berkhof prefere “oficiais extraordinários” e “oficiais
comuns”; e Saucy, com razão, emprega designações mais simples: “ministérios
gerais” e “oficiais locais”.
O papel relevante dos apóstolos, profetas e evangelistas no ministério da
igreja Primitiva é bem atestado no Novo testamento. Para os propósitos do
presente estudo, será examinado o cargo considerado o mais comum à vida da
igreja, o de pastor. Amados, quando se é chamado, há uma certeza, uma convicção
intima que não lhe deixa desvirtuar seu foco para qualquer outra vocação.
Origem do termo pastor
A atual nomenclatura de “pastor” parece ir de
encontro com a terminologia bíblica de bispo (Gr. episkopos) ou presbítero
(Gr. presbuteros)
ou de ambos. Aparentemente as duas terminologias eram usadas modo
intercambiável no contexto global do Novo Testamento. Berkhof sugere que a
palavra “presbítero” ou “ancião” surgiu dos anciãos que
governavam a sinagoga judaica, e que o termo foi aproveitado pela Igreja.
Conforme sugere o próprio nome, “ancião” com freqüência referia-se
literalmente aos mais velhos, respeitados pela sua dignidade e sabedoria. No
decurso do tempo, o termo “bispo” passou a ser mais usado para
o cargo, pois ressaltava a função de “supervisor” do ancião.
O termo “pastor” é usado hoje mais
amplamente para quem tem a responsabilidade e supervisão espirituais da igreja
local. É interessante que o termo grego “poimên” (pastor) é usado uma única
vez no Novo Testamento com referencia direta ao ministério do pastor (Ef 4.11).
O conceito ou função de pastor, no entanto, é encontrado por toda a Escritura.
Conforme sugere o nome, pastor é aquele que cuida das ovelhas. (cf. o retrato
que Jesus faz de si mesmo: o “Bom Pastor” – ho poimên ho kalos,
em Jo 10.11ss.) A conexão entre os três termos: “bispo”, “presbítero”, e “pastor” é clara em Atos 20. No
verso 17, Paulo convoca os presbíteros (Gr. presbuteros)
da igreja em Éfeso. Posteriormente, naquele contexto, Paulo admoesta os
presbíteros: “Olhai, pois, por vós e por
todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos [Gr. episkopous]” (v.28). Na declaração
imediata, Paulo exorta os que acabam de ser chamados bispos ou supervisores a
serem pastores [Gr. poiamainein] da Igreja de Deus (v.28).
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