sexta-feira, 23 de novembro de 2012

CURSO: MINISTÉRIO PASTORAL (PARTE V)


O pastor e a unção de Deus

“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós...” 1ª Jo 2.27a. O pastor que tem unção em sua vida ministerial, conta com a maior ajuda divina que ele pode ter para fazer a obra do Mestre. O Eterno tem um imenso desejo de derramar sua unção sobre nossas vidas, e só cabe a nós buscá-la. Deus tem muito a nos dar através da sua unção: milagres, maravilhas, paz, ousadia e autoridade. É primordial ao ministério pastoral, a unção de Deus, sem ela o pastor será como uma “lata seca”, pois a unção lubrifica as mensagens, a adoração, o louvor, a administração, enfim a unção faz muita diferença em nossas vidas, nossos ministérios, nossos lares. Quem prima pela unção terá um ministério fecundo, inexaurível, profícuo, e isso teremos ao buscar, ao desejar, ao ansiar a unção do Eterno. Um ministério sem unção não vale como referencia para os demais, mas um ministério que tem a marca da unção de Deus é exemplo para os demais, inclusive os sem unção.  

O pastor e os obreiros

“Segui a paz com todos...”. Hb 12.14a. Depois de muito pesquisar e meditar pudemos perceber que os maiores dilemas de um pastor, no âmbito eclesiástico, são os obreiros problemáticos. Os bons obreiros são co-participantes do ministério do pastor, são ajudadores, amigos, conselheiros, entre outras coisas. Porem existe alguns, não poucos, que se infiltram no ministério, sim se infiltram e não chamados por Deus, para apenas deturpar, ferir, machucar e causar dissensões, desavenças, cizânias no ministério pastoral e da igreja. Em meio a tudo isto, o pastor tem em suas mãos a oportunidade de recompensar estes tais de maneira diferente, com amor e misericórdia, pois, a Palavra de Deus nos afirma em Romanos 12.18: “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;”, mas sem nunca evitar que os tais venham a ser punidos com severidade conforme a legislação eclesiástica de cada denominação e organismo ou convenção pelos quais o obreiro seja conveniado e/ou filiado, errou deve pagar, porem o caso não deve se tornar um escândalo, escarcéu, mas que seja resolvido com paz e entendimento de ambas as partes, sem qualquer resquício de ira ou magoa.     

O pastor e a oração

“Orai sem cessar” 1ª Ts 5.17. Sem sombra de duvida a oração é o oxigênio espiritual de todo cristão. Sendo a preparação para fazer a obra do Senhor, sem também esquecer de que a oração nos leva a uma maior intimidade com Deus. O pastor que ora muito certo terá ótimos frutos e colherá os resultados de suas horas, madrugadas constantes em oração, mas aquele que subestima o poder e o valor da oração, confiando apenas em suas estratégias e convicções para a obra, está fadado a ter um ministério improdutível e sem vida, já dizia um grande homem de Deus: “muita oração muito poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração nenhum poder.” Uma vida de constante oração nos dará recursos e reservas para enfrentar o diabo e seus dardos inflamados, não obstante a isto, Jesus quando estava no Getsêmani orando seus discípulos adormeceram e Ele os repreendeu dizendo que eles sequer podiam buscar a Deus por uma hora com Ele, e esta mesma indagação nos é impetrada pelo Espírito Santo: será que estamos vivendo uma vida de oração? Será que vivemos em oração em meio às adversidades que nos são propostas?Será que estamos orando o mínimo que necessitamos? Um pastor que realmente sente arder em seu peito à chamada, busca, ora e verdadeiramente “caminha de joelhos”, para que se possam atingir as metas em Cristo estabelecidas, sabemos que oramos não pela bela posição ou porque queremos ser “estrelas da oração”, não nós oramos porque somos carentes e sem ela, a oração, nós não aguentaríamos viver nesta terra. Amados obreiros orar não é supérfluo, mas extremamente cogente para a nossa sobrevivência espiritual.

O pastor e a sã doutrina

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina...” 1ª Tm 4.16a. Todo pastor deve ser um exímio, egrégio conservador da sã doutrina, a doutrina apostólica, para que os mandamentos e ensinos trazidos por Jesus à sua igreja, não sejam banalizados, nem tampouco colocados em um lugar prosaico em nossas igrejas. A doutrina não implica em tratarmos de assuntos como: tamanho das saias das irmãs; se as irmãs podem ou não cortar os cabelos ou retirar os pelos em excesso de algumas partes do corpo; uso de certos tipos de roupa. Não, isso se chama legalismo, ato que não nos é proveitoso. Doutrinar é o ensino legitimo e sem cortes das Sagradas Escrituras. Ensinar a doutrina não indica ser violento, rude, e iracundo nas expressões usadas nos púlpitos, pois, o púlpito é o lugar de expressão maior da Palavra do Mestre e não de altercação de diretas e indiretas a uma pessoa ou grupo na igreja que por algum motivo entendemos a nossa maneira que estejam errados. Isso é por demais perigoso. Começamos a deixar de sermos conservadores da sã doutrina e imbuímos um espírito bestial, que imputa ao nosso ministério, um sentimento de rivalidade e não a paz do Senhor, que realmente excede todo entendimento, guardará os nossos corações e as nossas mentes em Cristo (Fp 4.7). Conserve a sã doutrina, o amor, a santidade, a humildade entre outras, mas faça isso com esmero, sempre usando justiça, com uma boa porção de misericórdia, pois, com esta receita, o uso do ensino da sã doutrina não será um fardo, mas uma benção para os que nos ouvem e para nós que ministrarmos.    

O pastor e a humildade

“servindo ao Senhor com toda a humildade...” At 20.19a. A humildade é fator determinante para o sucesso do ministério pastoral em todos os âmbitos. Quando somos convocados ao ministério temos que colocar em nossa mente que quanto mais crescermos ministerialmente, da mesma forma devemos cada dia sermos mais humildes, para que não nos ocorra o que ocorreu entre os discípulos que se questionaram a saber quem era o maior entre eles, para que isso, que é maléfico, não ocorra, a humildade nos vacina contra este mal. Porem se não formos humildes, nos ocorrerá uma fadiga ministerial para com os demais irmãos, obreiros e pastores, que outrora vivenciaram nossa fase pré-pastoral, e quando isso afeta um pastor, ele pode se preparar para as mais diversas dissensões que ele criará e ele mesmo terá de resolve-las. Ser humilde não é constrangedor, mas sempre será um marco que exalta o caráter de quem a possui. Não custa nada, não cai pedaço da mão, não rejeita ninguém, ser humilde, reconhecer os erros, aceitar que existem melhores pregadores, melhores pastores, melhores lideres que nós, isso não nos rebaixa, mas nos incentiva a sempre buscar ser melhor do que somos, não por competição, mas o melhor andamento da obra do Mestre. Pastor feliz é um pastor humilde.

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