quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CURSO: MINISTÉRIO PASTORAL (PARTE IV)


O pastor e a vida pessoal dos irmãos

De fato é de difícil acesso e com certeza deve ser preservada é a questão da vida pessoal dos membros da igreja local. Deve o pastor ater-se apenas aos assuntos que lhe forem compartilhados pelos irmãos, podendo apenas, em ponto de orientação geral para todos, abordar dois temas primordiais para a preservação da integridade espiritual de um lar: o casamento e o divorcio. Mas, sempre de maneira geral e não explicitamente sobre um casamento ou um divorcio.

O casamento para o cristão deve ser encarado como o passo mais responsável de sua vida pessoal, por se tratar de uma união de duas pessoas distintas e até então livres de compromissos maritais. Para a realização de um casamento são necessários quatro elementos: um homem, uma mulher, a sociedade e, se houver uma cerimônia religiosa, Deus. Devemos ressaltar o nosso total repudio a uniões de pessoas do mesmo sexo. (Gn 2.18-25; Mt 19.1-9; Rm 1.27; Ef 5.22-33.) O casamento precisa ser legalmente autorizado, com a publicação dos proclamas – é nesse ponto que entra a sociedade. O Senhor é representado pela presença de um religioso (pastor, padre e etc.).

Antes de concordar em realizar o casamento, procuremos instruir o casal, que o matrimonio não é um simples ato de união de corpos sem objetivos e ideais, antes é, um ajuntamento de servos de Deus que visam através deste compromisso glorificar ao Senhor. A nova família deve entender que é a maior instituição divina, que deverá ser alicerçada em oração, comunhão e vigilância. Certamente muitos podem dizer que o casamento criou problemas para eles, porém, o casamento não cria problemas, e sim revelas os que já existem, por isso à hora de enfrentá-los é antes de dizer “eu aceito”.

O divorcio ao contrario é sem duvida uma instituição maligna, por destruir lares, vidas e a comunhão com Deus. Muitos irmãos discordam quanto á base bíblica para o divorcio. Peçamos opinião a dez pastores e eles terão opiniões divergentes uma da outra. O melhor é fazer com todos os esforços, evitar esta tragédia, porem se for um caso – por cada caso é um caso – que não haja possibilidade de se contornar a situação, o melhor é não se intrometer no assunto. Cremos que realizar um divórcio não é da nossa alçada, mas se for para casar, e se o casamento for de pessoas que verdadeiramente aprenderam os sentidos do casamento, então amados vamos casar o povo, porque cada vez mais teremos mais famílias felizes na casa de Deus.

O pastor e a verdade

Temos visto diversas classes da sociedade brasileira se corrompendo e traindo a verdade pela qual foram impelidos nos cargos que exercem por dinheiro, fama, prestigio, entre outras coisas. Sem sombra de duvida o pastor deve e tem que ser referencial de testemunho verdadeiro, jamais abrindo brecha para deturpar a maior verdade em sua vida, seu chamado, imputando-se a si mesmo todas e quaisquer medidas para se prevenir de tal corrupção de fé quer seja por dinheiro, fama e posição, o pastor tem compromisso com a verdade. Pastores, falemos sempre a verdade, pois com esta bem-aventurança nos flanqueando seremos prósperos em nossos ministérios.   

O pastor e as crises ministeriais

“Confirmando o animo dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. At 14.22. O pastor que se preza em comunhão com Deus deve vigiar, orar, ouvir os pastores mais experientes, para que ele possa passar de maneira espiritual e sensata pelas crises ministeriais, pois todo, sim , todo pastor passa por crises ministeriais , e que não serão poucas. Calunia, difamação, fraqueza, desanimo, entre outras terríveis fases da vida ministerial de um pastor. O pastor que legitimamente tem o desejo de passar pelas agruras que o ministério impele, certamente será ditoso, pois as adversidades são meios dos quais nossa fé é provada, evidenciada, e o Senhor, espera a nossa perseverança naquilo em que fomos chamados, pois o nosso Deus nos livrará ( Sl 34.19).

O pastor e o pecado

“... mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;”. Rm 5.20b. Se o pastor prioriza algo a combater, este alvo deve ser o pecado. O obreiro deve ter em seu coração combater o pecado e não o pecador. Ninguém pode fugir do pecado, pois, ele nos rodeia, mas podemos fugir de pecar, só pecamos quando queremos. Não existem “super-homens”, existem sim pessoas dispostas em vencer o pecado e isto é louvável. Mas acima disso, o pastor deve vigiar e orar para que não caia, pois, quando um pastor cai não só atassalha um ministério, uma família, mas também leva a igreja ao fundo do abismo, nocauteia a fé da igreja, deixa-a frágil, combalida sem forças e animo para resistir às investidas do maligno. Uma igreja exinanida é a ruína de um pastorado. O pastor jamais pode compactuar com práticas, nem tampouco esquivar-se da responsabilidade de corrigir aqueles que os cometem.

O pastor e a santidade

“... sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” 1ª Pe 1.15. Este versículo nos mostra quão imensa é a responsabilidade pastoral para com a santidade. Pastores são o espelho para o rebanho, por isso devem ter em mente a busca pela santidade, um pastor santo, uma igreja santa. O próprio Pedro a escrever esta epistola clamou em prol da santidade: “Porquanto está escrito: Sedes santos, porque eu sou santo.”. Ao relembrar de Levitico 11.45, ele demonstra seu maior afã, a busca da santidade. O pastor deve ser santo na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza (1ª Tm 4.12), assim sendo será um exemplo, bom exemplo, para suas ovelhas, com bom testemunho podemos alçar muitas bênçãos que espreitam a vida ministerial de qualquer obreiro que se dispõe a ser um obreiro com vida no altar (Sl 84.11).

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